Sunday, April 29, 2007

Felicidade por Charlie Brown


Bem que podia ser simples assim, né?

Saturday, April 28, 2007

Um pouco de história em casa

Ser filha temporona tem lá as suas vantagens...
Eu adoro história e, por vezes, esqueço que meus pais, por já terem uma idade avançada, viveram momentos importantes dela.
Sabia que meu pai tinha trabalhado no Diários Associados, do Chateubriand, mas hoje é que fui perguntar quando e como foi. Ao mesmo tempo que trabalhava no Citybank, também estava no Diários, de 1953 a 1954, quando tinha 21, 22 anos. Suas funções eram de tradutor e redator auxiliar. Traduzia os textos em espanhol e inglês que vinham pelo teletipo e transformava em notícia. Na época, rolava a insurreição dos Mau-Mau, no Quênia, e contou-me que era o que mais traduzia. Saiu do jornal com o incêndio do Diários Associados no suícidio de Getúlio.
Outra coisa fascinante é que meu pai tem apenas o 1º grau, mas a educação era tão forte naquela época (tinha até latim), que ele sabe falar inglês, espanhol e francês – por isso os empregos de tradutor. Fala também um pouco de alemão, pois meus avós falavam.

Thursday, April 26, 2007

A tia metida à "engraçadinha"

Eu tinha uns 16, 17 anos. Ela, uns 4 ou 5. Folheávamos juntas – tia e sobrinha – uma revista qualquer. Paro o olhar em uma propaganda de perfume que ocupava duas páginas. Na extrema ponta da página direita, o vidro da fragância. Na página esquerda, um rosto de mulher, cujo nariz estava esticado até a outra página – sim, como o Pinóquio. Resolvo então ter um rompante de senso de humor apimentado com doses de pedagogia barata e faço a brincadeira: "Olha só, se mentir demais acontece a mesma coisa com o teu nariz".

A garotinha me observa alguns segundos e, bem séria, diz: "Tia, tu mentiu muito?".

Tuesday, April 24, 2007

Jeito Charlie Brown de ser...

Quem nunca se identificou com o "Minduim"?

Obs.: se clicar na figura dá pra ler melhor

Sunday, April 22, 2007

Ufa...

Ânimos quase voltando ao normal após o finde de hormônios alterados. Confesso que sábado à noite foi até mesmo muito divertido. Bebi, dancei, cantei e ri muito...

Mas também confesso que parte do divertido se deve ao fato de ter conseguido ficar alheia às velhas crises que querem voltar a morder meu calcanhar. Será que elas não podem me dar uma folguinha mais prolongada, não?

Saturday, April 21, 2007

Carente...

"Todas as pessoas que eu conheço
Cabem bem juntinhas na palma da mão
Pra você guardei um universo
Quando falta espaço eu faço verso e durmo na canção"

Dormi duas horas noite passada, mas uma carência assim, quase dolorida, ainda não me deixou pregar o olho – mesmo que passe de três da manhã. Por causa dela tô aqui pensando um monte de bobagens, enquanto ouço Nei Lisboa.

A primeira delas é de que se eu conhecesse um cara que escrevesse pra mim como ele escreve, eu casava na hora! :P Já pensei isso sobre o Chico (o Buarque), mas aí achei que desse jeito eu ia acabar ficando pra tia. Sei lá, Nei Lisboa, pelo menos, tá mais pertinho!

Ok, ok... se ainda é ser muito exigente, um abraço e um colo de alguém mais próximo já serve ;)

P.S.: o trecho é de "Romance", do Amém (1993)

Friday, April 20, 2007

Testezinho de moral e cívica

O que festejamos no dia 19 que passou?
E por que é feriado no sábado?
Alguém lembra do que "aconteceu" no domingo (22) há "alguns aninhos"?

ok, essa foi só pra dar uma atualizada :P

Sunday, April 15, 2007

O instante próximo

Sou defensora da idéia de que momentos bons podem ser tão bons em breves instantes posteriores quanto no acontecer em si.
O desenrolar de um instante prazeroso é deixar-se cegar por um certo torpor. É poder interagir com o cenário, com as outras personagens, abusar da história. A idéia de que em breve vai ser só lembrança nos faz abusar dos sentidos: olha-se, toca-se, desgusta-se para que o máximo de detalhes fique registrado.
No instante bem próximo – não mais nem menos que isso –, passado o torpor das delícias, é possível fechar os olhos e quase viver a mesma cena novamente. Ainda que não seja possível reconstituir a seqüência de ações exatamente como discorrera antes, os flashes ainda são ricos em cheiros, gostos, cores... tudo ainda tão palpável.
Pena que esse instante seja tão breve...

Monday, April 09, 2007

Inglês é mais doido do que parece

Vejam só se inglês não é bicho doido!
O site do mobile clubbing convocou todo mundo pra comparecer à Victoria Station, em Londres, no dia 4 de abril e, a partir das 18h53, centenas de pessoas fizeram uma contagem regressiva e começaram a dançar... Detalhe: cada um com sua música e seu i-pod, ou mp3, ou walkman! O evento durou aproximadamente uma hora e meia, até a polícia parar a "manifestação"!

Esse videozinho do youtube dá uma idéia de como deve ter sido divertido!

Abaixo, a "convocação":

Arrive at the station around 18.40

Walk around and get in your groove

Spread out throughout the entire station (wonder if it will spread to the Tube station)

No dancing before 18.53

At the instant the clock strikes 18.53

Dance like you've never danced before

Try not to dance in one place

And dance for as long as you can

Saturday, April 07, 2007

Mais uma vez Huxley

"... Um homem é um ser que anda sobre uma corda esticada, que caminha sobre ela delicadamente, equilibradamente, tendo, numa das extremidades da vara que o mantém em equilíbrio, o espírito, a consciência, a alma, e, na outra extremidade, o instinto e tudo o que é inconsciente, tudo o que é terreno e misterioso. Em equilíbrio, sim. Coisa que é formidavelmente difícil. E a única coisa absoluta que ele pode jamais conhecer realmente é o absoluto do equilíbrio perfeito. O absoluto da relatividade perfeita. E isto, sob o ponto de vista intelectual, é um paradoxo, um contrasenso. Mas assim o é também toda a verdade real, autêntica, viva – simples contrasenso, segundo a lógica. E a lógica é um simples contrasenso também à luz da verdade viva. Vocês podem escolher a que quiserem – a lógica ou a vida. É questão de gosto. Algumas pessoas preferem ser cadavéres..."

Mais de dois meses para conseguir "ruminar" 691 páginas. Demorei para terminar "Contraponto", de Aldous Huxley, porque o livro não é dos mais fáceis de ser degustado. Para começo de conversa, o nome da publicação inglesa, de 1928, faz referência ao termo musical que significa a arte de sobrepor uma melodia a outra; o conjunto de técnicas composicionais da polifonia. Por derivação, hoje também significa o uso de contrastes ou temas entrelaçados num texto literário, num filme. O livro de Huxley não tem um foco narrativo; são diversas personagens em diferentes situações, que, por vezes, encontram-se e produzem conversas profundas e intelectuais. Essa técnica de justapor protagonistas foi utilizada por Erico Verissimo – tradutor da obra no Brasil – em "Os caminhos se cruzam" e "O resto é silêncio".

Nas anotações da personagem de Philip Quarles ou nos discursos de Mark Rampion, fica sempre clara a crítica do autor a um século XX em crescente desumanização. Ambientado na Inglaterra do período entre-guerras, Huxley aponta para a evolução do tecnicismo e do intelecutalismo, que levam os homens a querer conhecer mais e mais e cada vez viver menos. O reflexo é percebido nos relacionamentos com problemas de comunicação, nas famílias desestruturadas, na arte impessoal etc.

O livro preferido de Paulo Autran certamente entrou para a minha "listinha" também.


Tuesday, April 03, 2007

Começando bem

Olha só, que chiques! minha crônica foi selecionada pela profi para ser colocada lá no blog Thèsis, da cadeira de redação 3 :-)
Uma surpresa boa pro início de semana!

Monday, April 02, 2007

Lição do dia

A sinceridade não é a mais fácil das virtudes... até porque, se fosse fácil, talvez não tivesse motivo pra ser chamada de virtude. Enfim, mesmo que a situação e o momento não sejam os melhores, não tem nada melhor do que ser sincero por uma questão de honestidade com nossos próprios princípios.
Às vezes me pego pensando no que meus 27 aninhos, há pouco completados, me trouxeram de crescimento pessoal. Acho que tô, ao menos, aprendendo a fazer o quê vai me deixar de bem comigo mesma, com meu caráter...

M.R. eremita

Engraçado, há tempos eu não era tão sociável... Mas, numa relação de inversa proporção, nunca quis tanto um pouco de isolamento. Um mês que fosse, de puro flerte comigo mesma – e só.