Saturday, April 28, 2007

Um pouco de história em casa

Ser filha temporona tem lá as suas vantagens...
Eu adoro história e, por vezes, esqueço que meus pais, por já terem uma idade avançada, viveram momentos importantes dela.
Sabia que meu pai tinha trabalhado no Diários Associados, do Chateubriand, mas hoje é que fui perguntar quando e como foi. Ao mesmo tempo que trabalhava no Citybank, também estava no Diários, de 1953 a 1954, quando tinha 21, 22 anos. Suas funções eram de tradutor e redator auxiliar. Traduzia os textos em espanhol e inglês que vinham pelo teletipo e transformava em notícia. Na época, rolava a insurreição dos Mau-Mau, no Quênia, e contou-me que era o que mais traduzia. Saiu do jornal com o incêndio do Diários Associados no suícidio de Getúlio.
Outra coisa fascinante é que meu pai tem apenas o 1º grau, mas a educação era tão forte naquela época (tinha até latim), que ele sabe falar inglês, espanhol e francês – por isso os empregos de tradutor. Fala também um pouco de alemão, pois meus avós falavam.

1 comment:

Anonymous said...

Bah, que legal... lembra um pouco o "Quase-memória", do Carlos Heitor Cony... leitura que faz a gente amar um pouco as memórias dos nossos pais e ser meio saudosista de uma época que não viveu...

Bêjo.