Wednesday, December 06, 2006
"... e pela minha lei, a gente era obrigado a ser feliz..."
... então me entreguei inteira naquele abraço. Embora soubesse a dor que o envolvia, sabia que era um abraço de alívio, apertado como quem tenta eternizar o momento de compreensão. Eu, que muitas vezes me empenho na procura infinita de alguém capaz de pelo menos me ouvir, descobri o quão bom é poder ouvir de outrem um "é tão bom alguém que me compreenda...". Posso procurar uma existência inteira por um sentido mais glorioso para a minha vida, mas, ainda assim, nunca vou esquecer desse feito tão particular e íntimo que é proporcionar um pouco de alívio aqueles que a gente mais ama.
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